Conferência Nacional sobre Justiça Climática destaca papel das mulheres na luta pela igualidade de género.
Conferência Nacional sobre Justiça Climática destaca papel das mulheres na luta pela igualidade de género.
A Associação Mulher, Lei e Desenvolvimento (MULEDE) em parceira com FEMNET realizou recentemente, em Maputo, uma grande conferência Nacional sobre Justiça Climática, com o lema “não pode haver justiça climática sem igualdade de género”, apelando a uma maior participação das mulheres nas políticas e decisões ambientais.
A presidente da MULEDE, Luísa Mboana, falava durante a Conferência Nacional sobre Justiça Climática, que assinalou cinco anos do programa Ativistas Africanos em Defesa da Justiça Climática (AACJ). A dirigente alertou que a crise climática afeta desproporcionalmente mulheres e meninas africanas, citando dados da ONU Mulheres que preveem o aumento da pobreza e da insegurança alimentar entre elas até 2050.
O evento marcou os cinco anos de implementação do programa Activistas Africanos em Defesa da Justiça Climática (AACJ). O programa, apoiado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino dos Países Baixos, é desenvolvido em oito países africanos incluindo Moçambique, Quénia, Nigéria e África do Sul e tem como objectivo fortalecer um movimento pan-africano pela justiça climática, promovendo práticas comunitárias sustentáveis e a participação ativa das comunidades.
Segundo Mboana, apesar de África contribuir com menos de 4% das emissões globais, o continente é um dos mais atingidos pelos impactos ambientais. “Não exigimos caridade, exigimos responsabilidade histórica e justiça climática”, sublinhou.
O Director Nacional de Ambiente e Mudanças Climáticas, Francisco Sambo, anunciou que o Governo moçambicano está a rever a Política e Lei do Ambiente e a preparar nova legislação sobre o mercado de carbono, integrando questões de género, justiça climática e direitos humanos.
A conferência terminou com um apelo à cooperação entre Governo, sociedade civil e comunidades locais para fortalecer o ativismo climático feminista e promover políticas mais inclusivas e sustentáveis em Moçambique.
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